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O Mal, Porque Deus Permite?

Por: Pr. Eliezer Carlos de Souza


Repetidamente esta pergunta tem ressoado aos ouvidos e coração de muitas pessoas. Não podemos duvidar que Deus é o criador de todas as coisas, e tudo criou com perfeição. Satanás, embora sendo agente do mal, não foi criado assim. Em Ezequiel 28:15 há uma referência a ele que diz: 'Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.' Até então, o mal existia apenas teoricamente para o ex-querubim, Mas ele o tornou real quando vivia ainda no mundo pré-adâmico, na terra original. Isaías 45:7 fala que o mesmo Deus que forma a luz cria as trevas, o mesmo Deus que faz a paz cria o mal. Observando-se a presença do mal no contexto bíblico, fica claro que o mal é uma ferramenta divina para aferição.

O que é Aferição?

Aferir é acertar um instrumento de medição conforme um padrão. Por exemplo: O relógio usado para medir ou orientar sobre o tempo, no Brasil é aferido pelo horário de Brasília, assim como o relógio de Londres serve para aferir todos os relógios do mundo. Assim o mal é uma ferramenta para aferir seres morais criados por Deus com livre arbítrio revelando em que padrão este ser se encontra. Se o mal fosse de todo ausente (sem possibilidade de ser adotado por seres morais), Estes não seriam morais, mas autômatos, como robôs.
Os seguintes relatos bíblicos manifestam essa verdade:


Antes de sua queda, Satanás era perfeito e o mal era apenas teórico para ele. Todavia encheu-se o seu interior de violência e ele pecou. Ao observarmos Ezequiel 28:12-19 e Isaías 14:12-23 percebemos que a sua queda não se deu rapidamente. Ele percorreu uma tragetória longa até que sofreu o juízo divino sendo lançado por terra e chegando a um fim horrível, carbonizado Ezequiel 28:17 e 18. Com astúcia ele manipulou um governo tirano na terra original e depois trabalhou arduamente para convencer os anjos do céu de suas idéias. Todos foram colocados a prova, e Deus que podia ter bloqueado sua ação já no início, não o fez. Os anjos, seres que também foram criados com livre arbítrio chegaram agora no grande momento da prova da aferição e Deus permitiu. O ex-querubim teve o tempo que precisou para conquistar a todos, mas somente a terça parte dos anjos se dobrou a eles (aliás, isto já é muito). Com a terra aos seus pés mais a terça parte dos anjos dos céus ele acreditou que poderia usurpar o trono de Deus. Corajoso hein! Deus é longânimo, mas o juízo lhe sobreveio, não só a ele, mas a todos que com ele se uniram.
Outro exemplo desta aferição se deu no Édem, o primeiro Adão com sua mulher pecaram. O agente do mal enganou a eva, colocando no coração dela aquilo que a tempos já estava no seu coração: ser semelhante/igual a Deus Gênesis 3:5 e Isaías 14:14. Nesta aferição, Adão foi desaprovado. Vem então o segundo Adão: Jesus Cristo, para resolver o problema do pecado. Aos 30 anos de idade Jesus passa pela aferição antes de começar o seu ministério. Mateus 4:1 deixa claro que Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Venceu Satanás estribado na palavra de Deus. Glória a Deus!!!
Deus permitiu e sempre permitirá que os seus passem por aferição, assim como na rebelião de Coré, Datã e Abrirão (Nm 16:35), onde estes homens, suas famílias e pertences foram tragados vivos pela terra, assim como os que se uniram a Coré. Mas 250 homens foram ali consumidos pelo fogo do Senhor.
Também dez espias causaram um dano tão grande a toda nação de Israel porque desalentaram o povo de entrar na terra. Israel acreditou nestes dez homens e tiveram que caminhar um total de 40 anos (trinta e oito anos dos quais seriam desnecessarios se tivessem ouvido Moisés, Josué e Calebe). Todos os homens que sairam do Egito de 20 anos apara cima acabaram morrendo no deserto não entrando na terra conforme o Senhor jurou no dia em que pecaram, as portas da terra preferindo ouvir os espias descrentes (mas com capa de piedosos), do que ouvir a Moisés, Josué e Calebe que acreditavam fielmente em Deus e suas promessas.

Que posicionamento pode-se assumir diante do mal?


O crente pode unir-se a ele, ainda que possa fazê-lo com vendas nos olhos. O resultado final é sempre desastroso.

O crente pode tentar lutar com a força de seus próprios braços. Se fizer isto, o mal vence e o resultado é desastroso.

O crente pode posicionar-se em humildade e oração diante de Deus crendo que Ele peleja pelos seus e só agindo sob divina orientação. Se fizer assim, a vitória é garantida.



Este Estudo foi criado por: Pr. Eliezer Carlos de Souza


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